introdução

A salicultura, como actividade de transformação da paisagem (paisagem humanizada) inscreve-se na História do meio ambiente e dos ecossistemas, uma História de sempre. O Salgado de Aveiro é um bom observatório, de longa duração, se tivermos em consideração a história da evolução do litoral de Aveiro e a “agricultura do sal”, instalando-se, nas bordas da Ria e nas Ilhas que a povoam. (imagem cartográfica).

A informação documental (manuscritos, impressos, cartografia, fotografia, etc.) exige uma consolidação materializada num projecto que lhe dê corpo e possibilite uma leitura do salgado: imaginar o passado para responder às inquietações do presente. A Memória pode tornar-se Ciência, e vincar uma ideia que todos sabem, cada vez mais presente: a produção do sal é essencial para a conservação de uma diversidade biológica, do ambiente físico e da paisagem; para a preservação da herança cultural; para o desenvolvimento local (produção, turismo cultural e museologia).

A estrutura da base contém informação biográfica sobre as marinhas de sal de Aveiro, mas não se esgota aqui, porque se reune informação sobre o comércio interno e externo, sobre outros núcleos de produção e comércio concorrentes, sobre a metrologia do sal, sobre os termos que ao tempo se usavam, numa tentativa de ordenamento em forma de glossário.

A informação reunida foi, então, resultado do trabalho de uma equipa, e da aplicação de metodologia em torno de uma arquitectura informática que reunisse e viesse a reunir (porque se trata de uma base dinâmica e extensível) a informação útil a muitos: público em geral e público especializado (historiadores, cartógrafos, engenheiros, geógrafos, ambientalistas, especialistas em planeamento territorial, técnicos e dirigentes de gestão autárquica, agentes de turismo).


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